8 de dezembro de 2010

minha vaidade se supõe elegante.

Tem o telefone e os gritos. E também a super valorização da Internet e uma idéia toda errada sobre 'democratização da informação'. As repetições são um resquício daquilo que, um dia, e com sorte, poderia virar alma. Repete-se mal, em outras palavras. As repetições que poderiam, por fim, mostrar algum traço ou mesmo um jeito de ser não rola. Repete-se na burrice e na voz, na simpatia sem noção e nos discursos de quem se julga muito sincero.
Erros, tudo certo. Erros chatos, Deus me poupe.
Tem o correio também. E os discursos contra o Lula e o uso partidário da máquina pública. A seta que vai pro lugar certo sem nunca acertar o alvo. Como se o alvo fosse tudo em volta e não apenas o centro negro e minúsculo pra onde sempre apontamos. O alvo é real. O alvo não está na Internet ou nos telefones ou no Lula partidário... O alvo: ver o alvo e mirar o alvo. Errar o alvo é normal, mas não é bom ou positivo. Valorizar o erro é uma coisa bem estúpida e que está na moda: seja no teatro, no cinema ou no academicismo que sempre supõe que tudo pode ser. Tudo? Sim, tudo. Quem aguenta?(É a retórica ganhando estatus de verdade. Os imbecis, entre uma consulta ou outra na cartomante, adoram, a-d-o-r-a-m, a retórica sem mira).
De modo que fico com o meu blogue. Minto pra mim mesmo e afirmo: eu minto. Essa é minha vaidade e minha retórica e também meu alvo que se esquece da mira. Como o amigo viado que me disse ontem: se você não é viado e eu sou viado, você não entende nada de mim.
O amigo viado, claro está, sabe das coisas.

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