21 de setembro de 2010

meu a-ha, u-hu.

É tudo um golpe ou um tipo de golpe. Tanto faz. Estilo é a parada, né Tio Buk? Golpe com estilo e eu acredito porque sou fácil de enganar. Porque a realidade é essa bobagem que a gente toca adiante enquanto pensamos nas coisas importantes. Por essas os políticos são a corja que são. Eles fingem se importar com a realidade. Mas eu não estou falando de políticos. Estou falando de teatro. De milhares e milhares de teatro que fazem sucesso sem mérito algum. É isso.
Mas mérito é coisa de fracos, assim como decência, amor, competência e inteligência. É o Peréio quando diz: "não precisa ter pau grande, precisa ter cara de quem tem pau grande." Mas o Peréio tem o mérito e a inteligência do humor. Ele ri. Ele sabe rir. E quem realmente sabe rir? Eu não estou falando de rir com o Jô ou com Stand-Up. Estou falando do riso que brota a partir da visão da merda. Vê-se a bela bosta e ri. O deboche do capeta, tá escrito no livro. O riso é a máscara que o diabo deu aos humanos, tá em outro livro.
Mas quem ri? Quem ri mesmo? Rir e se enganar é possível? Deus! O Jô é apenas engraçado. Tô falando de riso e também de delírio. Sem concessão. Rir quando não pega bem e quando há sangue nas gengivas sem dentes. Rir sem dente, rir pela ausência de dentes.
Não dá para crer no sucesso das peças de teatro que fazem sucesso. Porque na grande média o sucesso é um engano. Ta aí o P. Coelho, o valor cultural do Funk Carioca, a consciência ecológica do J. Serra e a aceitação da diferença como estratégia de omissão.
Há que se ver a merda. Há que se ver a merda e rir. E só assim. Sem desculpas, sem sacadinhas, sem verdades da moda.
Só o hipócrita salva, só ele, só ele. Porque ele é cínico e sabe da farsa. Ele não acredita na farsa. Ele usa a farsa. Ele é hipócrita e mente em benefício próprio. Ele é bom por isso. Ele é o cretino que sabe que a mentira e a verdade são apenas convenientes ou não. O Hipócrita é o que eu quero ser, claro está.
Tirando isso há a curtição do facebook, os comentários em blogues e os seguidores de twitters. A farsa como instituição e o aumento da confusão: seja nas estátisticas eleitorais, nos imortais da ABL ou na criança que ganha prêmio por imitar adultos no programa do R. Gil.
São gracinhas e jogadas. A gente participa querendo ou não. Por inconsciência ou cinismo.
Cá comigo ainda prefiro o cinismo.

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