11 de julho de 2010

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As coisas são lentas e sinistras. Eu gosto. Eu em uma versão que topo.
Crianças dançam enquanto eu fico na cabine. Sou justo e generoso, na medida do possível.
Imagino bucetas de ouro e aperto botões cheios de incrível tecnologia. São milagres esses botões. Cada cor é uma coisa. Cores obedientes e submissas. Eu aperto, eu aperto.
Olho pra fora e desconfio de tudo. Somos simpáticos e dizemos parabéns! Lembro das minhas sobrinhas e resolvo dançar também. Sim-pa-tia.
Eu rio. Eu me divirto. Eu não acredito em nada do que eu vejo. Eu sou egoísta. Melhor: eu sou melhor quando eu sou egoísta. Eu sou cínico também. Eu disfarço.
Os dentes muitos brancos me lembram novas pastas de dentes.
Os olhos amarelos são problemas de fígado. Ou rins. Ou rins!

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