3 de junho de 2010

pra dizer e pra ouvir.

E todas essas loucuras que não me interessam. Que acho falsas, que sou chato e sinto vontade de morder. Que falta alma em tudo e quase todos. Que preciso de uma boa foda, que não invento novos amigos e não consigo foder sem um mínimo de ternura.
E também não acredito. Não mesmo. Tua cara enorme e desesperada. Você, você mesma. Seus olhos confusos que nem sabem quem é quem, o que é o que, que ainda acham a pergunta uma grande virtude. Você-perguntadora-maluca. Porque assim facilita.
Garotos saltitantes que te agradam, que lhe fazem elogios idiotas e convenientes, que te comem como os coelhos comem as coelhas. Você coelha dentuça facilitando as coisas e criando falsas profundidades. Como se profundidade fosse uma matemática de desejos saciados e rápidos. Como se masturbação significasse alguma coisa. Como quem diz: conheço meu corpo porque toco siriricas.
É velho, é bem velho. É caído e antiquado. Usurpar o corpo como maneira de libertação. O recalque masoquista que só compreende o prazer como alivio da dor. Que não vislumbra a foda perfeita e o orgasmo fatal, que só entende o prazer como resultado da dor.
Praticantes de fistings e merda do tipo. Gente saltitante que berra a força do presente. Como se o presente fosse explicação pra algo, como se existisse, como se o presente, assim que consciente, não virasse o passado.
Discursos articulados para comer bucetas que gostam de misticismos. Eu toco punheta e nem pretendo ser feliz. Eu não falo de cháckras e tempo presente pra te agradar. Eu sou chato, eu sou chatérrimo. Gente que salta é sempre mais divertida, não há duvida.

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