3 de maio de 2010

Eu não gosto das dancinhas que eles fazem.

Eu não gosto disso e daquilo. Eu sou chato e insuportável. Eu não acredito na Internet como ferramenta de justiça e, por isso, eu não assino petições. Eu não gosto de conhecer gente, eu não gosto de ser simpático, eu não gosto de telefone. Eu vejo de longe, eu fico sozinho, eu não participo e desconfio de quem participa demais. Me irritam os legais e me irritam os esperançosos. Eu não acho o Jô Soares inteligente, eu desprezo o denuncismo do CQC. Eu prefiro a idiotia canalha do Pânico na TV - mesmo sabendo que são apenas merdas de diferentes cus. Eu não consigo me animar com a maioria das coisas que causam animações: bucetas depiladas, mar e cachoeiras, tardes de sol, vídeo-games interativos, filmes em 3D, menáge com 2 mulheres, ser popular no facebook, frango assado de padaria, animais de estimação, canetas coloridas, revistas velhas, igrejas barrocas, etc. Eu me escondo, eu me isolo, eu tenho delírios de pureza. Às vezes eu acho até que eu devia virar outro. Pra viver melhor, pra me animar com as animações, para ter mais contato com a Natureza. Às vezes eu telefono, às vezes eu bóio no mar, às vezes eu rio das piadas do Jô. É o troca-troca, é o meio copo cheio/vazio, é o sorriso banguela, é o sim-não-não-sim. A Carla Perez velha, o Niemayer vivo, a M. Gadú como novo talento. Eu mesmo, meu blogue e três leitores solitários.

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