8 de março de 2010

Dia internacional das mulheres.

Penso nas suecas e suas tetas,
Penso em Silvia Saint e sua buceta incrivelmente bem desenhada – mesmo com tantos e tão grandes caralhos que a freqüentam.
Penso que há bucetas esculpidas por mãos de anjos.
Penso se a mulher merece um dia,
ou melhor, se toda mulher do mundo merece um dia.
Tanta mulher ruim, tanta mulher nojenta, tanta mulher vampira querendo seu sangue pra troféu.

No restaurante onde almoço eles dão flores para cada fêmea da espécie,
Na televisão, grandes empresas internacionais mostram comercias de exaltação à mulher,
Na agência de telemarketing, cada uma ganhou um cartão e uma pequena barra de chocolate.
Todos os cartões diziam: VOCÊ É ÚNICA.
Penso nas mulheres que tive e nas que quis ter.
Uma ou duas que sobrevivem. Três seu eu for generoso com os meus critérios.
Mas eu não sou generoso.
Eu sou chato, eu sou exigente e mesquinho. Não sou, definitivamente, o cara divertido que elas gostam.
Nem bonito eu sou. Sou gordo, sou suarento, sou possessivo e dado à ataques de loucura.
Bebo demais, fumo demais e desejo demais as coisas impossíveis.
Lembro que esse dia existe porque mulheres foram torradas dentro de uma fábrica –
queriam seus direitos, reclamavam por justiça e foram incendiadas por um patrão que deveria ser gordo e suarento como eu sou.
Mas eu jamais poria fogo em mulheres
e também jamais criaria uma data pra todas elas.
Todas elas não me interessam e nunca me interessaram.
Talvez um dia eu compre uma rosa, um chocolate e um cartão.
Talvez eu escreva VOCÊ É ÚNICA com meu próprio punho.
Talvez isso até ocorra num dia 8 de Março. Talvez não.
Talvez, nesse dia, eu tenha descoberto a minha melhor companhia
ou talvez, quem sabe, eu tenha virado um empresário

e aberto uma fábrica de tecidos
em alguma cidade pobre da América do Sul.

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