21 de fevereiro de 2010

O egoísmo parece ser a solução. Sou exagerado e louco quando to no mundo em companhia. E não faz sentido. E não é assim. Falo demais, me perco, me confundo, fico inseguro, babaca e chato. Paranóico e perturbado disparando coisas de jeito estúpido, como se tudo que se pensa devesse ser dito, como se a verdade fosse apenas uma questão de falar muito. E não é nada disso .E não haverá nenhum entendimento numa euforia desse tipo. Porque não dá, porque se deve concentrar em uma ou duas coisas e não deixar 30 rodar dentro do seu cérebro. Como um carrossel suicida. É insensibilidade, burrice. É não entender que o tempo precisa existir, que a calma precisa existir, que as coisas correm lentas e podem, ou não, evoluir. Porque a chance é a mesma, o risco é o mesmo. Mas eu teimo e quero tomar pela mão o impossível. Destruir à barrigadas. Ser um Quixote sem charme e sem nexo. Uma chatice de confusão que o mundo em companhia me desperta. Com outros horários, outras interferências, com palavras que não conheço e datas que esqueço. O cúmulo de ser eu mesmo. A explicação do isolamento e um sol sem Lagoa ou Praia. Um sol que aquece e queima. Que faz queimaduras de terceiro grau. Um sol que queima porque não uso o bloqueador. Porque o sundown tá alí do lado, mas eu não uso. Porque não sei ser eu com os outros. Porque o eu sozinho tem alguma chance de paz. E o eu com os outros, pra ter paz, tem que antes passar pelo inferno.

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