27 de fevereiro de 2010

delíriozinho na tarde cinza.

Noite de pipoca e filme. Guaraná ou Mate. Muito gelo nos copos e play no aparelho. Daria um jeito de me recostar nos seios. Brincar de almofada no corpo alheio. Ouvir a respiração e, com sorte, perceber a pulsação. Ficar sem pensar. Filme simples, nem cabeçudo nem babaca. Woddy Allen talvez. Notar os pedaços do filme que mudam ali: nos seios, na respiração e na pulsação. Encaixar um beijo na hora certa. Sem língua só boca. Mudar de posição, descobrir um outro encaixe. Roçar a pele lenta, notar o sangue fluindo e os créditos que começam a surgir na tela. Mais pele roçada e um silêncio bom. Encaixa-se melhor, beija-se mais. Língua agora e língua lá. Entrar e sentir o risco. Os riscos. A aventura dos corpos, os sons sem sentido, o excesso de ar, a morte e seu arrepio. A boa derrota, a derrota de quem se entregou. Mais silêncio. Vontade de falar, mas não se sabe o que. Um sono, um soninho bom e o nariz grudado na nuca.

- boa noite.
- durma bem.

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