28 de novembro de 2009

Mais uma histórinha pra contar.



Pretendo viver assim: cheio de histórinhas e balançando a pança. Uma cerveja pra espantar o tédio e, com sorte, uma dama bonita que me ame e me afague as carnes em dias ruins.
No mais as histórias que não me interessam: as casas grandes, a natureza e sua pureza, os amores passionais, os gritos que só comovem no escuro, as conquistas pelo suor, o conta gotas de quem mantêm a conta poupança, as loucuras com data marcada, os risos sem som, as bocas sem dentes, os corpos sem alma, etc e etc.
O mundo é um desbunde idiota quando se afirma tudo pode ser e se esquece que nem tudo importa.
Por isso fico quieto e vejo mais do que falo. Tenho bom senso pra não ser o chato que repete diante dos outros: isso é velho, isso é velho e falso.
Mas claro, e como não, cá comigo, muitas vezes penso: isso é velho, isso é velho é falso.
E então fico calado e me sinto ótimo.
Que desafio vale apenas para as lutas e os maus filmes americanos. Que o bom da América não fala disso e acho que até fala do oposto.
O bom da América é sobre aquilo que não dá certo no mundo ideal que a América vende como possível.
Seja como for, me repito: os dias são longos e querer ser feliz é o primeiro passo pra eterna frustração. Por isso me dedico à tentar ser mais esperto e ter sorte.
E sorte ainda é o mais importante.

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