22 de setembro de 2009


Não forçar a barra e ver os mortos.
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Era eu e mais uns milhões. Nem era o caso de competir e, no fundo, eu nem queria. Gosto de entrar na briga pra ganhar - ou achando que posso ganhar. Somos macacos valentes, ora pois.
Só que aí eu cismo, sou um cara de cismas, invento um treco e esqueço que aquele treco fui eu que inventei. É difícil explicar. É estúpido explicar.
Fiquei de braços abertos e bico calado, fazendo uma puta força pra entender algo que eu mesmo havia inventado. A cabeça é um risco, estar vivo, quando se pensa no mundo, é um risco ainda maior.
E sou um tipo que pensa. Por prazer ou por tédio, tanto faz.
E cada coisa que passa. E vejo umas e em outras decido enfiar o dedo. Tem uns que mordem, outros que esquentam, etc ao infinito. Sempre um risco.
E a coisa do risco é boa. O risco, quando real, envolve sangue e queda. A gente caiu, ora pois. Somos os caras pós queda. É o risco da escolha, lembram? A coisa do éden: quando provar do fruto daquela árvore terá o conhecimento do bem e do mal, coisa que até agora, só Deus topou. Topa mesmo?
Nós topamos e, bem, temos inventado um bocado de coisa bacana e feito umas merdas também. É parte da jogada e nem há protesto pra isso.
Mas o lance é que depois de comer merda você não vai repetir a dose.
E vai, por algum tempo, se lamentar de ter comido aquilo, já que a merda tem, enfim, aspecto de merda.

2 comentários:

eu disse...

É MELHOR SE LAMENTAR POR TER FEITO DO QUE TER DEIXADO DE SE FAZER.

fmaatz disse...

nem sempre.