30 de setembro de 2009

não desejo felicidade que é perda de tempo.

Se eu fosse corajoso, eu derrubava ela.
Assim: dizia todas as palavrinhas que importam e nem me importava com sua histórinha de amor. Futucava até o fim, usava minhas unhas e prometia uma coisa sincera.
Porque até minha mãe já me disse: ela realmente gosta de você!
E palavra de mãe a gente sabe: mesmo ignorando é bom escutar.
E ela é ótima e, como não?, fantástica.
Mas tenho bom senso e respeito a discrição e a elegância.
E vejo, e penso, e, vez em quando, dou uns palpites que emplacam.
Coisa boba, tipo 'solte o cabelo', 'deixe o cabelo como é', 'sim, você é bonita', e 'seu pai não é o seu marido'.
E a gente ri junto e nem temos aquele compromisso terrível e encantador que é um homem e uma mulher brincando de ser um através das carnes.
Melhor assim já que não sou corajoso e nem quero ser.
A gente se ama sem nunca falar.
E isso é de uma elegância fina e calma, dessas que se entendem sem nunca ter que usar as boas e velhas palavrinhas.
Melhor assim, eu repito.

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