- Mais uma história pra contar.
- Há quem ache que isso é uma grande coisa, mas eu mesmo não concordo. Idiotas geralmente são seres cheios de histórias, medem sua vida pela quantidade de histórias que têm e são, como já disse, idiotas.
- Eu me comovo mais com aquele velho triste que repete sempre o mesmo causo. Pra mim é o velho triste que entende/entendeu alguma coisa. Ele sim tem UMA história. O resto é aquela gastação de saliva que acredita que ser articulado é ser inteligente.
- E ser inteligente é bem mais em baixo.
- Claro que ter histórias pra contar é bom, facilita a vida e dá a impressão de que se é muuuiiito inteêêênso numa mesa de bar.
- Enganar gente estúpida é fácil. Não chega a ser um grande mérito.
- E digo isso porque essa história é uma daquelas que eu vou contar sempre que puder.
- Claro que darei meus recados, melhorarei a mim mesmo e, por que não?, até acreditarei na minha invenção.
- Mas de qualquer maneira, ainda prefiro o velho que se repete. É aquele papo conhecido de que um escritor escreve apenas um livro, um ator tem só um papel e um jogador um único blefe. Eu entendo, e desejo, essa pegada.
- Bem, sem me estender ainda mais, escrevo pra mim mesmo e penso: também sei fazer micro contos. Micro contos é a instituição da sacadinha na literatura. Não precisa desenvolver a escrita, mas sim, e como não?, ter uma sacadinha.
- Que seja:
- o nome da nossa prática sexual era amor.
Ela me disse antes de começarmos uma nova amizade.
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