18 de junho de 2009

0 à 0

A página em branco e brilhante. Gosto do Bukowski por essas também. Lembro dele falando do computador e de como era bom poder escrever mais rápido e com menos força. Claro que não há o charme da máquina de escrever, mas charme por charme há escritas que querem velocidade. E computador é mais veloz.
Desde que éramos macacos buscamos isso: velocidade. E facilidade também, por que não?
Esse desejo é coisa de bicho. E como bicho, entendemos.
Acho que um dia haverá uma máquina que será ligada direta ao cérebro e que transcreverá tudo aquilo que pensarmos. A gente a acionará e então ela transcreverá a coisa toda. E haverá blogues e twitters disso e será um inferno.
Mas acho que será bem bacana. Até porque escrever, com a mão ou com o pensamento, não é um mérito em si. Talento é real, mesmo que o esforço pegue bem.
Claro que vai ter um excesso de coisas escritas, mas acho que Escritores com Talento terá a mesma quantidade.
Bem, são achismos e tá tudo certo.
É que muitas vezes enquanto caminho 'escrevo' coisas.
E essas coisas que escrevo andando são sempre ótimas até encarar a tela branca e brilhante.
Isso não quer dizer nada. Todo idiota de blogue já sentiu isso. Já criou um texto na cabeça que na tela nem ficou tão bom quanto era.
É sempre um risco.
Que seja.
Sempre é.

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