28 de agosto de 2008

Carta aberta pra minha mãe e pra minha namorada.

Eu não me preocupo com as minha doenças ou com as minhas neuroses. Na média sempre vivi bem com elas. Assim como com os cigarros. É claro que há sempre o risco do câncer, mas não é em função do risco que vivo.
Sou mais óbvio nesse sentido, sou alimentado pelos prazeres imediatos. Como todo o resto da humanidade, enfim.
Claro que quando tusso muito eu me preocupo, assim como me incomodo quando minhas doenças interferem na minha vida. Na média tolero muito bem a minha tosse, assim como mantenho minhas neuroses sob controle.
Nunca tive pretensão real de perfeição, não nesse sentido pelo menos. Alguém disse que somos produto dos nossos vícios. Isso sempre fez sentido pra mim. Sempre me entendi melhor nas minhas doenças e neuroses.
Minhas coisas bonitinhas sempre me causaram espanto e desconfiança. É agradável ser bonitinho e usar o boné pra trás, por assim dizer.
De forma que quero apenas dizer o que sempre disse: a gente se cuida como pode e se protege como dá. Não posso exigir nada, além da crença em si, em nós e no milagre. A vida é mais próxima de um filme sem graça do que do Indiana Jones e suas façanhas.
A gente segue e o puro ato de seguir se torna o sentido da vida. O excesso de resistência ainda me comove. Sobreviver é sempre o máximo quando dura muito. Morrer com 100 anos nunca foi simples, afinal.

2 comentários:

Anônimo disse...

ENTÃO AGUARDE QUE O MILAGRE ACONTECERÁ.

fmaatz disse...

Mãe sabe das coisas,
assim espero!!!!
p.s. pare de assinar como anônimo, pega mal pra minha fama.
rá!