- As crianças são, na grande média, felizes. Podemos dizer também que, de modo geral, as crianças não pensam, apenas sentem. Por isso são felizes as crianças: estão próximas do humano-animal, àquele que apenas reage, ou melhor, que sobretudo reage.
- Conclui-se que não pensar - ou pensar pouco, sendo generoso - é o grande agente da felicidade. Quanto menos se pensa mais feliz se é. Os que sentem, os que identificam a vida com o ato de sentir, são mais propícios ao prazer - ou seja: a idéia ancestral de que felicidade é o prazer e a infelicidade é a ausência de prazer, ou desprazer.
- Não há verdades, não há fatos. Há, e olhe lá, o 'pensar cientifico'. O 'pensar cientifico' apenas reconhece que somos guiados pelo instinto de prazer ou desprazer. Ele não define nada, não resolve nada. Ele se pretende verdadeiro e, portanto, incólume à sensações e estados de espírito. Não há julgamentos, há contestações. E sempre com um ponto de vista bem definido.
- O 'pensar científico' tornou-se relativizado. É triste, mas é compreensível. Em última estância nunca há verdade absoluta. E isso foi o 'pensar científico' que disse, não foi o neo-hippie do séc. XXI.
- O erro fatal, se erro há, é achar que o fato de tudo poder ser relativo, torne inexistente a defesa legítima de um ponto de vista. Em outras palavras: mesmo em erro você pode (e deve) defender um ponto de vista. Porque isso, essa coisa banal que é defender um ponto de vista, é o que te caracteriza enquanto humano. Repare, você não fala de indivíduos, fala de humanidade, de coisas da humanidade. Daquilo que é humano, demasiado humano. (Se você fala de indivíduos, claro está, você é estúpido, apenas estúpido)
- Pessimismo ou otimismo são valores idiotas, eu li e concordei. Porque tem a ver com prazer/desprazer. E por que, vá lá, quem, em são consciência, vive por conta disso?
- Não há perguntas e nem há respostas. Há o mundo manifesto que está errado via de regra. Rejubila-se com a dúvida ou satisfaz-se com as respostas. É o mundo manifesto e verdade há sim, como não? Você pode não buscar, não desejar buscar, mas o problema é seu. Verdades existem, mesmo que negadas, mesmo que impossíveis de se alcançar.
- Fica o não dito. A força da individualidade diante do mundo e a tristeza da solidão. Fica o não dito: sem tempo, sem graça, sem proscratinar a idéia de sucesso. Fica isso, fica Deus e fica a necessidade cruel de contato humano. Porque somos assim, porque lemos as coisas erradas, porque o isolamento não é circunstâncial e nunca foi. Tem a ver com inaptidão, com merdas que rolam, com shit'en'roll.
- Fazer. Andar. Andar é fazer e fazer é uma abstração. Esqueço do bigodudo e cago minhas próprias regras. Fica assim: tesão passeia/ teatro de estudantes/ tudo varia.
25 de março de 2012
Repare bem.
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