28 de abril de 2010

O sonho virou pesadelo. Meu anjo virou minha diaba. (Eu chamava ela de anjo). No meio do próprio sonho noto que estou sonhando e digo pra mim mesmo: - de novo não.
Sempre o mesmo registro estranho e sinistro: o tempo presente. Porque 'no tempo presente fica parecendo possível', disse a Fá. Minha punheta com sonhos faz eu querer que eles tenham sentido. Pergunto pra mim mesmo como carneiro bem treinado: - o que o seu subconsciênte quer dizer pra você?
E, sejamos francos, é impossível viver bem pensando esse tipo de merda. Então tomo uma dose antes do almoço e rezo pra não sonhar mais. Ou então pro sonho virar realidade. Ou ainda pra eu não me impressionar. E há também a possibilidade de não dormir.

whatever


Não houve fodas fantásticas,
não houve café na cama,
não houve beijos de boa noite.
Não houve boquetes sem pressa,
não houve dedos no cu,
não houve olhos abertos.
Foi video-game,
foi mini-game,
foi joystick
e foi gamão.
Não houve jornal aos domingos,
não houve piquiniques no sol,
não houve sexo como cantos da morte.
Foi mi-mi-mi,
foi fuque-fuque,
foi tédio
e foi repetição.