Eu que não que eu não teria saco. Essa coisa de gostar de todo mundo é estúpido. Separar o joio do trigo pode ser uma arte. E entender que confundimos joio e trigo é parte da jogada.
Que eu é que não vou sair pra dançar pra tentar enfiar minha piroca numa buceta que é obcecada pelo próprio clitóris. Que nem daria certo, sabe? Imagina só: eu, gordo como sou, roçando naquela buceta durante a dancinha.
Era capaz de eu ejacular ali e, nesse caso, a dona do clitóris acabaria ofendida por eu não ter feito sexo oral antes de ejaculação. Melhor evitar constrangimentos, eu acho. Por isso eu não falo tudo o que eu penso. E também por isso, hoje, muito provavelmente, eu perdi a chance de enfiar minha piroca numa carninha nova. Mas dane-se que eu nem tenho a tara da carninha nova e gosto mesmo é de chover no molhado. Todo esse joguinho de sedução é sacal e, porra, não tenho idade pra acreditar em amor a primeira foda.
Sejamos francos, nem é tão surpreende assim. Carninha nova é legal, mas não faz milagres. Dá um gazinho, rende umas vantagens pra contar no boteco, um textinho de blogue, mas só isso. E olhe lá.
Então toco minha punhetinha e ouço minhas músicas enquanto sorvo meu whisky e engulo minha fumaça. Prostitutas são mais sinceras quando fingem e nem levam o próprio clitóris tão à sério. Pelo menos durante o programa. Nem brochar causa constrangimento, já que são sempre, como as boas mulheres devem ser, compreensivas.
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