5 de março de 2012

morzin

Meu amorzinho passeava com sua capa vermelha. Chapeuzinho urbana cheia de liberalidades.
Falava aquelas besteiras de sempre. Banho de cachoeira, ser feliz, fazer sua parte, ter sacola retornável, etc.
Meu amorzinho era tesudão e tinhas uns peitos que pareciam milagres: grandes e pontiagudos. Eu gostava de tudo, eu concordava com tudo. Sorvete, Paquetá, cinema de shopping aos sábados e comida japa como sinônimo de saúde.
(O amor é essa coisa impressionante. Acha tudo lindo, faz tudo. Ama.)
Meu amorzinho perdeu o tesão e tive paciência. 1 mês, 2 meses e tudo normal. Sexo como vitória, TPM como tolerância e sim, sim, a eternidade está logo após o 9° mês.
Meu amorzinho se foi e nem fiquei triste. Amor demais, vida demais, liberdade demais. Meu amorzinho era lindo e era a chapeuzinho e me chamava de lobo mau.
Meu amor tão perfeito ficando fraco por amor demais, por amor errado, por amar o amor e não um pau, uma buceta, um homem, uma mulher.
Meu amor de conveniência e 1 'casalzinho' de filho. Meu amor matemática e meu amor acordo de casal.
Meu amor ladeira abaixo, atrasando a vida, facilitando a comodidade que é achar que a vida é apenas isso.

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