1 de julho de 2011

Nem te conto, Clarice.

Aqueles peitinhos pequenos. Mamilos de moeda de 5 centavos: cor cobre. Eu afastava a boca pra olhar bem e lembrava do Dalton Trevisan. Sugava, sugava.

Tinha também os dedinhos. Um, veja só, um dia explorou minha próstata. "Tesão de cu latejante", ela me explicou. As sardas que se misturavam com o crucifixo de ouro herdado da avó.

A outra, meio bonita meio desengonçada, tinha mania de segurar com as mãos os peitos fartos e levemente caídos. Não entendia de natureza, não sabia de Darwin, mas chupava meu pau com uma habilidade de circo. Uma proeza. Mas faltava algo. Acho que era o fervor católico.

"Mulher sem culpa não dá pé", foi meu padrinho que disse. O canalhão tinha voltado pra titia depois de morar por 6 meses em Bonsucesso com a amante. Ele me explicou tudo. A culpa, eu aprendi, é o que faz um orgasmo feminino ser tão bonito.

O corpinho era pequeno, mas eu me fartava. A mesma do mamilo de cobre. Tocava punhetinha pra mim e mostrava o resultado. Sentia orgulho da mão manchada de branca. Um dia falei "porra" e ela desiludiu. Disse que eu era vulgar e nunca mais apareceu.

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