- Os dedinhos ficam crispados porque no cinema é assim que se faz. Gozar? É coisa de fracos, de artistas, de bichas. O bom fodedor (a boa fodedora) imagina-se sendo filmado(a) durante o orgasmo.
- Há muita diferença entre o que se é e o que se pensa. Isso é velho. O Sr. Freud deu nomes pra isso: ego, superego, id? Sempre confundo os nomes, mas a regra clara: há uma imagem que se deseja, e há a outra que é - não há vantagem em uma ou outra. Em outras palavras: estamos fodidos.
- A guria quer causar efeito. Efeito peido, eu acho. Assim: dedos na buceta pode; manipular pau também. Não pode: o pau e a buceta. Como explicar? É difícil, mas me esforço: "eu gosto mesmo é de provocar" ou então: "i am a teaser."
- Tenho pensado em 1912. Quero dizer: tenho pensado em começar frases com 1912. Devo googlar esse ano. Quem sabe o milagre é apenas um pensamento que se repete?
- Imaginei algo simples e elegante. Eu diria: - venha até minha casa ver um filme do Cassavetes. Ela diria "não sei", "quem sabe" ou "pode ser". Não haveria perdas. No mínimo teríamos visto um filme do Cassavetes. Não é pouco.
- A segunda mulher que eu trepei me disse que eu era seu décimo primeiro. Por coisas que só se faz na juventude eu lhe falei que era a minha segunda. Ela ficou satisfeita e me deu por 8 meses. No sétimo mês a gente discutiu: ela queria namorar. Daí as fodas tristes do último mês quando ela (e eu também) ainda acreditava em chá de buceta. Ofereceu-me seu cu e eu aceitei vaidoso e de bom grado. Meu primeiro cu! Depois, na última discussão e inconformada por não namorarmos, disse: você foi meu sexto, meu sexto... Foi a primeira vez que notei o óbvio: mulheres são loucas.
- Um Diálogo: - o problema é que eu leio seu blogue./ - mas e daí? meu blogue é apenas um sintôma do meu tédio. / - eu sei, mas você vai me usar pra escrever lá./ - claro que não, a maioria das coisas são inventadas.../ - por isso mesmo, por isso mesmo que seu blogue é um problema. / - mas é tudo mentira. eu invento as coisas lá. / - então, pior ainda. (Segunda vez que notei o óbvio)
- Papai tem mania de grandeza, mamãe acha que entende tudo e todos e maninha esquece que não é mais adolescente. E tem eu: que aqui, e apenas aqui, aponto meus dedos vaidosos. Não gosto de quem guarda o passado como munição, não quero ser o mais compreensivo do planeta e nem acredito em milagres repentinos. Seja como for: tomo café, fumo cigarrinhos e aposto na MegaSena. Em outras palavras: merda do mesmo cu.
- Mania de promessa é uma desgraça. Digo por mim: inventei que 10 era um bom número.
- Solidão-minha-puta, Vida-minha-puta. Domar a puta vida e usar a solidão como estilo e não como fato. Telefonar pros amigos, mandar recados pras gurias, passear no calçadão mais lindo da praia mais suja, puxar conversa com a mulher que lhe sorriu no aeroporto, vender rifas caras pelo vakinha.com, escrever cartas pra desconhecidos, ter planos e rotina, convidar os amigos para almoços de fim de semana, essas coisas. A vida besta. O dia após o outro. O serviço público como autonomia financeira. O 10 desejado.
29 de junho de 2011
é assim:
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