11 de março de 2010
no meio da noite.
O ROSTO ERA IMENSO E TERRÍVEL. EU SENTIA QUE PODIA ME MATAR. ELAS PODIAM ME MATAR. EU VIRAVA A CABEÇA E A PUTA RIA. DENTES BRANCOS REFLETINDO UMA LUZ QUE EU NÃO SEI DE ONDE VINHA. EU REZAVA. A MORTE ERA UMA AMEAÇA NOVAMENTE. QUANDO TENHO MEDO DA MORTE É PORQUE TÔ APAIXONADO, EU DIZIA PRA MIM MESMO. ME CHAMAVA DE 'FERNANDINHO'. ISSO MESMO, 'FERNANDINHO'. EU ESTALAVA UM TAPA NA CARA DA PUTA QUE RIA. EU A JOGAVA NO CHÃO E CHUTAVA ELA QUE FICAVA TRISTE, CADA VEZ MAIS TRISTE. QUASE BONITA DE TÃO TRISTE. ELA TAVA NO CHÃO E DIZIA QUE EU NÃO ENTENDIA NADA, QUE EU ERA MALUCO. EU DIZIA QUE NÃO QUERIA ELA ACHANDO QUE PODIA ME CHAMAR DE 'FERNANDINHO' IMPUNEMENTE. ELA RIA E EU CHUTAVA DE NOVO E ELA DE NOVO FICAVA TRISTE E BONITA. BERRAVA: "FERNANDINHO FICA DE PAU DURO COM TRISTEZA". EU DIZIA QUE ELA ERA BURRA E BEIJAVA ELA. BEIJO ESTRANHO E DESESPERADO. DIZIA "SEI QUE VOU MORRER, SEI QUE VOU MORRER", MAS ELA NÃO OUVIA E ACHAVA BOM EU A TRATAR MAL. EU ACHAVA ESTRANHO, MAS SABIA QUE ELA QUERIA O MAL TRATO, QUE ELA NÃO CONFIAVA EM NINGUÉM, QUE ELA NÃO PRECISAVA DE NADA. BERRAVA "FERNANDINHO FICA DE PAU DURO COM TRISTEZA". E RIA E GARGALHAVA E MORDIA MINHA BOCA. EU SENTIA A DOR DO LÁBIO CORTADO E VI QUE SANGRAVA. O LÁBIO SANGRAVA MUITO, MUITO MESMO. EU PASSAVA A BOCA NELA E ELA ÍA FICANDO VERMELHA E, DE REPENTE, ELA ERA TODA VERMELHA COMO ALGUÉM É PRETO OU BRANCO. DAÍ ELA DIZIA "EU TE AMO" E EU ACHAVA QUE ELA ERA LOUCA E SAÍA. ELA FICAVA BERRANDO "FERNANDINHO FICA DE PAU DURO COM TRISTEZA" ENQUANTO EU ÍA EMBORA. LÁ FORA EU VIA UMA OUTRA, UMA EX, E ÍA ATRÁS DELA, MAS ESSA, A LOUCA VERMELHA, APARECIA E DIZIA: "DEIXA DISSO, FICA AQUI, TÁ TUDO CERTO, EU ENTENDI, VAMOS DORMIR JUNTOS, A GENTE TREPA E DORME, EU GOSTO DE VOCÊ, EU SEI QUE EU GOSTO DE VOCÊ, VAMOS DORMIR JUNTOS, TÁ? DORME AQUI, ASSIM. NOS MEUS PEITOS VOCÊ DORME BEM, NÃO É?" E EU DORMIA E ELA ME AFAGAVA. OS OLHOS DELA TAVAM ARREGALADOS E PRETOS MUITO PRETOS E EU SENTIA MUITO MEDO, MAS EU TAVA COM MUITO SONO E DORMIA MESMO ASSIM.
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