- Alô?
- Alô. Tudo bem, Fê?
- Tudo.
- Sabe quem tá falando?
- Sei.
- Rs. Então. Como tá?
- Tô bem. E você?
- Bem também. Tá surpreso, né?
- Ô.
- Eu tive um sonho. E fiquei impressionada. Por isso que eu tô ligando.
- Um sonho?
- É, um sonho ruim. Você sabe.
- Ah...
- Tá bem mesmo?
- Tô sim. Nada demais ou de menos.
- Jura?
- Rs. Juro.
- Sabe que eu tenho as minhas manias, né?
- Sei sim. Só não imaginava...
- O que?
- Que a gente ainda tinha esse tipo de conexão...
- Rsrsrs.
- Que foi?
- Cê tá mudado, hein?
- Como assim?
- Nunca imaginei você falando 'esse tipo de conexão'...
- Rs...é...acontece...a gente muda...
- Parou de fumar?
- Nem tanto...
- Cervejas, amendoins?
- É, mudei, mas só um pouco.
- Bem, Fê, liguei só pra ver se tava tudo bem.
- Certo...
- Bem...
- Ah...posso te falar uma coisa?
- Claro, Fê.
- Eu to fazendo terapia, né? E aí...
- Rsrsrs...
- O quê?
- Tem certeza que não parou de fumar? Rs.
- Tenho, tenho...mas daí ela, a terapeuta...
- Rs.
- ...falou uma negócio que eu achei bonito a beça...e que na hora eu pensei que você ía gostar...
- Diz.
- Eu tava comentando uma coisa sobre você e ela disse: "ela, pra você, é uma dessas pessoas que a gente pensa em reencontrar quando tiver velhinho".
- Ela disse isso?
- Disse.
- Jura?
- Juro.
- Nossa, bonito mesmo, Fê.
- É. Eu também achei. E achei que você acharia bonito também.
- Putz, que legal, Fê. Quem diria? Terapia...Rsrsrs...
- É, é.
- Rs. Bem, vou desligar.
- Tá.
- Beijos. Se cuida.
- Beijos. Você também.
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2 comentários:
Adorei.
Beija.
oiés, eu digo.
camundongo atoladinho.
rá.
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