um grito agudo e uma cara de desespero. essa mulher louca na minha frente me encarando com seus olhos cinzas.
" - vidinha de bosta", ela diz e dá me um beijo na boca como se quisesse me arrancar os lábios. morde até que eu reclame: " - humn".
ela sorri e sai serelepe. saltita até a cozinha e pega uma garrafa d'água e bebe no gargalo. semi-nua pela cozinha. a camiseta vagabunda terminando pouco antes da melhor bundinha do século.
"que bundinha, meu deus, que bundinha".
ela volta pro quarto com a garrafa na mão e me olha de novo. eu tento não reagir. sou durão, sabe como?
" - bobo", ela diz e senta do meu lado na cama e aperta minha barriga flácida e diz: " - eu te adoro, sabia?"
" - eu também te adoro".
ela não para de se mexer e pega uma revista e lê em todas as posições possivéis. eu finjo que leio meu livro de capa amarela e olho ela pelos cantos.
"sexo estufado pra fora". "pentelheira farta". "pé em ponta". "batata da perna"."curva da bunda, curva da bunda, curva da bunda".
" - que que foi?"
" - nada".
" - que que tá olhando?"
" - nada".
" - bobo".
outras posições e leio um pouquinho e olho um pouquinho.
" - a tarde tá cinza, mas o dia tá bonito, não tá?"
" - eu acho", ela diz e me estala um beijo.
" - bobo", ela diz de novo.
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