15 de abril de 2012

Relatinho

  • O que deixará mais saudades, o que me parece mais decente, de tudo, é voltar caminhando tranquilo para a casa à 01 ou 02 da madrugada. 3 kms que são como caminhar na praia. E há pessoas pelas ruas, e as ruas são bem iluminadas e na sorveteria da esquina há um enorme grupo que toma sorvete alegremente.
  • Ontem saí com a grigolândia do curso. Uma inglesa, um sueco e uma japonesa (os dois são casados). Incrível como ainda percebem nossa realidade como seus antepassados colonizadores. Estranham o uso da buzina no trânsito, estranham os beijos, estranham o barulho que nós, os de cá, os latinos, fazemos. O sueco, que já morou em diversos lugares do mundo, comentou que a Argentina poderia ser muito mais rica, mas que ela dificultava a exploração de minérios. Não resisti e soltei pra ele no meu inglês macarrônico: os países ricos são os que exploram os minérios nos países pobres. E ele riu, e disse 'verdade', e espero que tenha entendido a minha provocação.
  • Não é preconceito nem nada. É que eles ainda nos vêem como exóticos. E isso, muitas vezes, dá uma raiva danada.
  • Teatro bom, caminhada lenta e quase entrei no que pensei ser um puteiro. Mas não descobri se era puteiro ou um bar gay, pois vi apenas homens entrando. Todavia, ir a um puteiro me parece uma boa maneira de conhecer melhor a Argentina.    

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