Os peitos estavam menores em função de problemas na coluna. Lembro de passar a mão e achar que haviam diminuído demais. Mas não me importava. Não muito, pelo menos.
Havia uma decisão que não era minha. Isso me incomodava apenas um pouco. Na verdade o que me preocupava era que a decisão fosse a meu favor, o que de fato ocorreu.
Era confuso e bom. Uma nova possibilidade, a gente dizia. O medo era enorme. Digo por mim, apenas por mim.
O sujeito era bacana e não havia nada de errado com ele. Era meio óbvio, meio comum, meio sem graça, mas só isso. Um sujeito cheio de dignidade e retidão. Não quis falar comigo porque, enfim, não era mesmo o caso. Mas me olhou e vi seus olhos de homem correto. Quase 40 anos, mas velho d'alma. Aquele esquema de churrasco, academia e cerveja.
Eles saíram para conversar. Havia dignidade na intenção que ele tinha. Eu vi isso, meu medo aumentou e torci para que a decisão fosse a favor dele. Não foi.
Depois ela me explicou sobre amor, apatia e a idéia fixa de que seus filhos só poderiam ser meus. Tinha uma loucura em mim que ela apreciava, me explicou.
Medo do caralho, o futuro todo escuro e aquela mulher que retornava de novo. E pra sempre.
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