A coisa é estranha. Tem mais de 10 anos à menos e sou católico. Lembro da minha prima. Porra, será que minha prima é assim também? Mas prima é família e família é sagrado, o Papa falou e a gente sabe. Pecado antes dos 18 não conta. Eu 16 e ela 12. Quis ver meu pau e eu mostrei. Perguntei se ela queria encostar e ela topou. Esticou o dedo e tocou rapidamente. Não é pecado, né? Coisa de criança.
Mas a amiga. A amiga tem 21, veja só. Mais nova que minha prima – minha priminha que tocou meu pau com o dedo indicador. Mas ela não é família e, bem, o catolicismo é tolerante com os pecadinhos, a gente sabe. Deus abençoe os católicos.
Quando minha prima perguntou se ela podia ficar aqui eu perguntei: - mas ela é mesmo sua amiga? E ela disse: “sim, irmãzinha. Você vai gostar dela.” Confio na minha prima, confio na família. Sou um Corleone.
Eu tava meio com dedos com ela. Júlia o nome dela. Mas aí eu notei: to com dedos porque é novinha e amiga da minha prima. Família é sagrado, mas ela não é família. Pensava isso quando entrei no banheiro. Ela já tinha tomado banho. A casa é pequena e o banheiro é colado no quarto. Cagar é um problema. Os peidos sonoros atravessam a porta de plástico sanfonado. É constrangedor. Paciência. Fico sem cagar. Cago quando ela sair.
Mas quando tomava meu banho, eu vi: dermacity: sabonete íntimo para mulheres do séc. XXI. Vi e automaticamente fiquei livre. A Júlia não é família, afinal. É só amiga da minha prima. Da minha prima que, apenas por acaso e hormônios adolescentes, tocou no meu pau com o dedo indicador quando eu tinha 16 anos. E minha prima, até onde sei, não usa dermacity.
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