9 de maio de 2010

O sofrimento como bibelô

Cria-se uma situação onde se provoca o próprio sofrimento. Pode ser uma coisa simples e reta. Até decente, eu diria. Mas, do alto da minha torre Caga-Regra, eu sentencio:
  1. o imbecil cria sofrimentos para se sentir vivo,
  2. ao que sofre sente que a vida existe e,
  3. moto-continuo, se torna dependente da dor causada pelo sofrimento.
E, da minha torre Caga-Regra, eu resumo: o imbecil esquece que foi ele quem criou o sofrimento, e pior: esquece que criou o sofrimento para se sentir vivo, ou seja: usa caminhos tortos para sua própria invenção.
Em outras palavras: uma confusão dos diabos.
(É como bater no próprio corpo. Dá certo. É eficiente. As porradas fazem a gente lembrar que o corpo existe. Mas, daí, precisar das porradas para saber que o corpo existe é, no mínimo, uma estupidez.)
O problema do imbecil viciado em sofrimento é que ele esquece que 90% dos seus sofrimentos foram inventados por ele para se sentir vivo. (E, que fique claro, se sentir vivo não é simples. Se sentir vivo é o que, às vezes, chamamos de felicidade).
De forma que digo que o imbecil até procura um treco nobre e compreensível, mas o imbecil erra ao esquecer que é ele, e só ele, quem inventa suas próprias mentiras. E inventar as nossas próprias mentiras é toda nossa liberdade.
Ou Livre-Arbítrio - que grego algum acreditaria nessas palhaçadas...

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