Almoço de Domingo. Casal de amigos e as respectivas mães. E eu. Me sinto muito bem, obrigado. Bacalhau de mãe é sempre bom. Mesmo de mãe alheia. A gente come e bebe. Bebe mais do que come e fala mais do que bebe. É um tipo de equilíbrio se se pensar bem.
Eu estou lá e me sinto ótimo. Lembro dos cretinos que me acusaram de não saber lidar com o mundo e, secretamente, me sinto vingado. Eu lido com o mundo, mesmo sem gostar de tudo ou todos eu lido com o mundo.
Conversamos sobre tudo. Quase impossível dizer sobre o que. As mulheres têm mil assuntos e eu nem ligo pra futebol. Fico com elas. E assuntos e histórias se multiplicam. Lembro dessa coisa de 'contar causos' e chego a conclusão que tudo é mesmo muito antigo. Gente se reúne pra comer, pra beber, pra falar. Bichos que precisam de bichos - nosso zoológico diário.
Fico mais tempo do que pensei e volto com uma bela quentinha pra casa - delicadeza empacotada. Ganho, de brinde, uma caixa de chocolate. Domingo besta e lento - papos que não teria entre os chatos cults de teatro ou não. Bem mais humano e simples. Sem forçar barras e sem TER que ser interessante.
A tristeza e a beleza do mundo diante dos meus olhos. Os dois: a beleza e a tristeza. Sem achar um mais importante, ou melhor, do que o outro. A gente conversa e se entende. Todo resto, agora, não faz sentido. Novamente a paz possível e suas vozes tranquilas.
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