14 de março de 2010

BwanaBwana ou ninguém - quando a cobra morde o rabo.



Mulheres são loucas.
E perigosas.
No primeiro Poderoso Chefão há essa fala-fatal: "mulheres são mais perigosas que espingardas".
Quem ouve isso é o Michael Corleone. Ouve após ver a mulher com quem ele se casará e que morrerá no lugar dele no carro sabotado que explode quando ela vira a chave de ignição.
O Michael sacou a merda segundos antes. Ele berra pra ela que não entende e sorri. Ela vira a ignição e BUM. É ali, segundo Fernandinho, que o Michael decide virar O Poderoso Chefão.
Seja como for, insisto: as mulheres são loucas e perigosas. Perigosas porque são capazes de se meter na minha vida. E loucas porque são mesmo.
As minhas boas amigas mulheres me confessam a realidade da loucura feminina. Homens, de modo geral, são mais óbvios: nós nos repetimos dentro de uma certa lógica previsível.
Isso tudo porque deixei uma nova louca se meter na minha vida.
E fui óbvio como sou e cheguei a conclusão que nem topo e nem quero.
Não preciso de mulheres. Preciso de super-mulheres.
E nesse pacote de tédio que é chegar à alguma conclusão e pensar o que fazer agora que descobri que a louca da vez nem é uma super-mulher, procurei no google pelo nome do meu blogue e descobri, no meu blogue antigo, um texto que faz muito sentido pra hoje.
É um texto que antecipa o nome desse blogue de agora e que também me comoveu por isso.

DO BLOGUE ANTIGO:(com modificação formal e só.)
Sexta-feira, Julho 20, 2007
Eu ando por aí contando meu passos.
Eu me faço de tonto no meio da multidão.
As vezes eu reconheço um rosto e me afasto.
Eu só preciso de mim e dos cigarros e das cervejas.
Eu nem me interesso por aquilo que eu gosto: eu passo distante.
Eu faço contas pra explicar minha vida: matemáticas loucas pra não ver o vulcão. Nunca entendi as pessoas que pregam a necessidade de se viver intensamente, como se realmente isso ajudasse a chegar à algum lugar.
Eu prefiro as mulheres fúteis e vazias que me chupam por 15 reais.
São moças de família que caíram na vida e que são tão generosas que quase me comovem.
Mas elas se vestem tão mal...Elas se pintam tão mal...Elas choram tão alto.

Eu prefiro chutar as latas pelas ruas.
As minhas mãos dentro dos bolsos e minha cara gorda olhando de cima o mundo sujo.
Eu só me relaciono comigo mesmo. Eu sou sempre o meu umbigo sujo.
Não vou insistir pra ver seios ou bucetas:
as dançarinas de Copa mostram tudo por 5 reais que as fazem dançar como odaliscas negras no meio do turbilhão.
Elas entendem como a vulgaridade pode ser excitante.
Elas sabem o que representam e se jogam nos mini-palcos arrastando o corpo pelo chão imundo.
Elas sabem das coisas.

Depois de um porre há sempre uma chupada que passa batida.
Uma chupada sem rosto num pau meia bomba que ejacula pingando um liquido ressecado e farinhento.
Uma chupada barata que me ajuda a contar os meus passos,
que me faz não querer muito, que me deixa inerte, que me salva das passionalidades imbecilizadas das pulsões.
Uma chupada que é própria prova da existência.
Uma chupada que é o próprio Cristo na cruz.

posted by fmaatz @
Sexta-feira, Julho 20, 2007 0 comments links to this post

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