Puxar saco de idiotas
29 de janeiro de 2010
28 de janeiro de 2010
Aquela mãozinha miúda que me masturbava.
A Júlia era amiga da Liane que era namorada do Thél, o melhor amigo dessa época. Foi a Liane que arranjou as coisas. Era como funcionava na época. Ela me disse que a Júlia tinha gostado de mim. Um dia, numa festa, a gente ficou. Era como se falava: fulano ficou com fulana.
A Júlia foi responsável pelos meus primeiros amassos. Amassos mesmo, com o pau duro se esfregando nas pernas. Lembro que na nossa primeira ficada estávamos na cozinha do salão de festas do prédio da Liane. E foi lá que eu dei o meu primeiro amasso sem sentir vergonha por estar com o pau duro.
(Quando tinha 12, 13, 14 anos, achava, junto com os meus amigos, que quem ficava de pau duro por estar beijando uma menina era inexperiente, tinha beijado pouco e só por isso ficava de pau duro. Então todos nós, nessa época, faziámos um esforço secreto. Ou pra não ficar de pau duro, ou pra esconder o pau duro: da menina, dos amigos e de si mesmo. Agora isso parece estúpido. E é. Mas com 13, 14 anos é difícil entender que pau duro pode ser uma sincera demonstração de afeto.)
A Júlia sentou na pia e eu fiquei em pé. Ela ficou com as pernas afastadas e eu me encaxei. Nôs beijamos sem parar e ficamos naquela esfregação que só com 15 anos é possível. Durou horas. Eis aí o meu primeiro amasso de verdade.
Lembro que a Liane entrou na cozinha, deu risada, disse eu sabia e saiu cheia de satisfação. A gente parou e decidiu voltar para a festa. Antes de descer da pia, ela fez uma coisa que nunca vou esquecer: esticou a gola da blusa, mostrou seu cólo e disse: olha só, olha como tá vermelho. Eu não entendi direito, mas entendi que era bom.
Nunca vou esquecer daquela imagem. Seu cólo era sardento e ossudo, e estava cheio de pequenas manchas vermelhas que pareciam neurônios: mais escuros no centro e perdendo intensidade nas pontas. Entendi, intuitivamente, que aqueles neurônios vermelhos na pele sardenta dela eram a aprovação do meu desempenho no meu primeiro amasso.
A Júlia era pequena, magra e tinha mãos finas e geladas. Foram essas mãos que me deram minha primeira punhetinha-de-mão-alheia. Isso, com 15 anos e virgem, é quase um milagre, um acontecimento. E a Júlia era dedicada e generosa. Em qualquer canto e em qualquer oportunidade lá estava ela com suas mãos finas e geladas me ensinando como viver melhor.
Não lembro quanto tempo nosso caso durou. Acredito que semanas. Também não sei porque paramos de ficar. Lembro que depois de um bom tempo a Liane comentou que a Júlia e o ex tinham reatado. Fazia sentido. Entre as punhetinhas eu havia entendido que eu era seu objeto de vingança. Era isso que fazia suas mãos trabalharem tanto e em todos os lugares: sofá da Liane, casa de máquinas do elevador, escadas do prédio, festas com mocós para adolescentes, cinema, etc.
O curioso é que ela me proibia todo e qualquer acesso à sua buceta. É uma coisa que até hoje não entendo. Talvez o lance da vingança explique. Talvez a idade. O fato é que tudo era permitido, menos sua buceta. Eu nunca conseguia por a mão ali, por mais que ela estivesse só de calcinha. Calcinha azul.
Mas o que mais me encanta quando me lembro da Júlia é que ela era (será que ainda é?) fascinada pelo produto da punheta. É isso mesmo. A Júlia adorava porra. Tinha uma relação com a porra que nunca mais vi em nenhuma outra mulher. Ela gostava daquilo, gostava de ver aquilo, ficava sorridente quando aquilo saia de mim. É a lembrança mais forte que eu guardo: ela e a minha porra.
E o incrível é que toda nossa relação era calcada nisso. Amassos, beijos longos, punhetinhas e, pra epifânia dela, minha porra. Minha abençoada porra. Assim como no primeiro dia ela havia me dito olha só, olha como tá vermelho, ela dizia: olha, olha - mas agora se referindo à sua mão melada que ostentava meus resíduos bem próxima do me rosto. Pra que não houvesse dúvidas sobre o que era pra ser olhado.
Nosso ápice aconteceu no sofá da sala da Liane. Ela de calcinha azul, peitos pequenos e pontudos e maravilhosas sardas espalhadas no cólo e nos ombros. Estávamos, como sempre, num amasso infinito. Eu em cima dela com aquela afobação dos 15 anos: dificuldade para abrir botões e soltar sutien, pressa constante e a típica cara de pau da adolescência - que permite você fazer isso no sofá branco e rico da sala da mãe da sua amiga porque sua amiga está no quarto com o namorado e disse fiquem à vontade.
Não sei como fui parar lá, mas lá estava eu: sentado em cima dela que estava deitada. O pau pra fora, as mãos frias e habilidosas que ela trabalhava com dedicação e os peitos sardentos e bicudos à um palmo de distância, esperando o jato fatal. O jato veio com um movimento muito habilidoso da Júlia. Enquanto uma das mãos trabalhava, a outra, prevendo o futuro, ia de um seio ao outro enquanto a dona das mãos e dos peitos dizia: goza aqui, goza aqui.
Eu tinha 15 anos e obedeci. Não imaginava que essas coisas existiam. Quer dizer, imaginava, mas não achava que aconteceriam comigo. Não naquela época pelo menos. Eu já me dava por satisfeito com beijo na boca e mão na bunda. Aquilo era mais do que eu podia esperar. Deus era bom pra mim. Eu tinha uma garota que me tocava punhetas. As vezes com uma rapidez que quase irritava. Era ir pro mocó e a punheta começava: veloz e infalível.
Nunca mais soube da Júlia ou da Liane. O Thél tá trabalhando na África e já não o vejo há 2 anos. As vezes, quando estou eu mesmo tocando minha própria punheta, me lembro da Júlia e da sua dedicação. É algo que até hoje me impressiona. Não deixa de ser uma nostalgia. É mais fácil viver quando uma simples gozada nos peitos lhe soa como um milagre.
Gozar com 15 anos é sempre mais simples.
26 de janeiro de 2010
morrem para nos salvar.
24 de janeiro de 2010
23 de janeiro de 2010
Antes do Boa Noite.
Mas acontece que a guria cresceu e tem peitos enormes. Me pego impressionado com isso e também com o fato de eu reparar nisso. Não era o caso. É coisa antiga, amiga de infância, quase parente e bla-blá-blá.
Isso não tá certo.
Mas pior é ela me pegar sacando seus enormes peitos.
E pior ainda é eu, em tentativa frustrada de auto repressão, gostar dela ter me pego sacando seus enormes - e por que não? - deliciosos peitos.
Meu inferno seria uma casa cheia de gurias como ela. Que cresceram e ficaram gostosas e fartas. Elas já têm pêlos em seus corpos, é o que me digo para evitar a inevitável culpa.
Outro assunto:
Deveria ser mais decisiva e menos coluna do meio. Preciso de bunda de fora. Não gosto de convencer à mim mesmo. Prefiro fêmeas que confirmam o que penso. Sem deixar que eu note, esteja claro.
No mais aquele desejo que se mistura com curiosidade e que, portanto, é apenas um desejo infantil. Desses que crianças têm: como se o único mistério estivesse naquilo que não se conhece. E cá comigo prefiro o mistério próximo e intimo, que fica sempre à um átimo de ser revelado.
Em outras palavras e simplificando a coisa: gosto apenas do que posso realmente ter. E ter o que se gosta é o milagre que uns aí chamam de amor.
Coisa que não precisa ser abastecida por novidades para que tenha sentido.
Pra sair:
Meu gosto é estranho e sobre os meus hábitos eu nem comento. Sinto quase vergonha ao ver, como só eu posso ver, minhas manias sendo executadas por mim mesmo como um doente que conhece sua cura, mas que, mesmo assim, prefere a própria doença.
Estar vivo e pensar é um coisa perigosa as vezes.
Mas prefiro assim.
Estar apenas vivo é coisa de plantas e plantas,
graças à Deus,
não me bastam.
22 de janeiro de 2010
enfeite e auto controle. tudo certo.
Porque não é o caso de aparentar o que não é o caso.
Sem jogos.
Eu sou discreto. Eu insisto: eu sou elegante.
Prefiro a coisa reta à linha curva. Ambiguidade, acho eu, só cola quando você menospreza seu interlocutor. Como acontece quando você fala palavras de dicionário pra crianças.
Mas não agora. E não por isso.
Prefiro imaginar ELA como uma rainha má, mas esperta. Dessas que falam, mas que só importam quando o silêncio é calmo e absoluto.
É como escolho e como invento.
E toda invenção é minha, afinal.
21 de janeiro de 2010
Pastos velhos para éguas novas.
19 de janeiro de 2010
Idiotas abrem caixinhas pra desvendar mistérios.
- berrar bem não é ter boa voz.
- amor à primeira vista só é crível em bons filmes.
- suor e talento são duas coisas distintas.
- dizer 'eu tô feliz' é coisa de suicida.
- pássaros na mão de maneta não chega a impressionar.
- blogue é tédio por escrito.
- vitória só serve pra humilhar inimigos.
- comer mulher de amigo é prazer em dobro.
- ser bipolar é condição de estar vivo.
- arranhar sem unhas é uma coisa possível.
- facebook é melhor que orkut.
No mais, um peido fedido
e uma cerveja gelada
atualizar o próprio blogue
é uma tremenda parada.
16 de janeiro de 2010
telhado de casa desconhecida.
14 de janeiro de 2010
relatinho com os hollywods de mamãe.
-
Uma guria, de nome Iane se não me engano, era de manaus e tinha um belo nariz grande com traços feminos do tipo que eu adoro. E eu conversando com ela e então ela me fala que tava com um namoradinho aí, que na verdade é da grécia, e que ela havia o conhecido no chile ano passado e que, desde então, eles mantém contato num romance meio virtual, e que agora ele tava aí e ficaria até abril e todo esse papinho que se têm com desconhecidos. E a gente conversando e o papo era bom e o grego aparece com camiseta do brasil e ele quer ser músico e é legal e bom de papo também, e fala do samba e eu pergunto dos gregos e ele é legal mesmo e tudo o mais. Mas é um gringo, um gringo grego, e eu, vendo os dois, noto que tem qualquer coisa de estranha alí e então ela, semi estúpida e afastando o grego que ficava a agarrando o tempo todo, manda ele ir pegar cerveja e o grego vai lá como o cara legal que realmente é. E daí o álcool causa a epifania que é o grande ponto dessa história.
Sou curto, sincero e grosso. Olho bem pra cara dela e solto:
- posso te falar uma coisa desagradável?
- claro.
- qualquer pessoa com o mínimo de sensibilidade nota que você não tá nem um pouco apaixonada por esse cara.
Ela fica séria, esconde os dentes com a boca imensa e sinto que meu pau se mexe dentro da cueca.
Daí o grego volta e a coisa fica flagrante. Ela o trata cada vez pior e cada vez mais ela me dá trela. O grego nota, eu noto que ele nota, mas que se foda. Ele é gringo é grego e é legal, legal demais eu diria. Meu pau não para de mudar de lado dentro da cueca e ela pede meus contatos e o grego gringo pergunta por que e ela diz da sua viagem à bahia e que deve passar pelo Rio e eu só vendo e ficando com uma puta vontade de que aquele gringo desapareça pra eu dar um bote semi-canalha, porém profundamente sincero. O que, infelizmente, não ocorreu. Mas num vacilo do gringo ela sentou e eu a pilhei, com a devida distância do gringo, pra ela me ligar aqui mesmo em curitiba e ela lançou que tava pensando seriamente naquilo que eu tinha dito e eu perguntei aquilooquê e ela repetiu exatamente a frase que eu havia dito e que tá escrita aí em cima e eu me senti um gênio.
Mas o gringo voltou e meus amigos queriam ir embora e o gringo queria a levar pra perto do palco para bancar a pipoca. Dei um abraço afetuoso no grego gringo que, apesar de tudo, era gente boa e bom de papo e na hora de me despedir dela, fiz uma manobra e fiquei de costas pro gringo e falei, bem colado no ouvido dela:
- me liga mesmo, porra. até abril vai ser foda.
- eu sei, eu sei.
- pensa no que eu te falei.
- to pensando.
E meus amigos chegaram e fomos andando até o carro comentando sobre o bela manaura e o bondoso gringo grego.
12 de janeiro de 2010
Na época dele um romancista tinhaque mostrar erudição, como um tipo de aval para seu talento.
A ironia é que agora, dizendo isso, entro pra turma que aparenta profundidade fazendo citações.
Acontece que o D. Quixote é genial - uma puta obra de arte que nem eu e nem ninguém precisa defender. Ele está lá e existe. Basta ler 35 págs. pra sacar que citar é o que há de menos relevante na coisa.
O relevante é o gênio. E o gênio, quando fodão, é da ordem dos mistérios. Desvendar o gênio é matar o gênio. Assim como o amor. Ou como o Nelson Rodrigues explicando o por que de ser contra a Educação Sexual. É mais ou menos assim: "se você educa alguém sobre o sexo, você mata o mistério do sexo. e sexo sem mistério é coisa de gata vadia e não de ser humano, pra quem sexo pode ser amor."
Seja como for, falo isso porque vejo as citações dos canalhas. Os canalhas são uma gente pop, bem relacionada e capaz de fazer barulho. E os canalhas, como tais, usam e abusam das citações. Provando, como no séc. XV, que são eruditos por conhecer tal ou tal obra.
Daí me pego pensando no sucesso alheio e na minha capacidade de fazer barulho - que é nenhuma. E vejo que posso até citar, mas que, mesmo assim, nunca serei pop e bem relacionado. Simplesmente porque não tenho habilidade pra isso.
Confesso que até gostaria de ter, pois assim, sendo divertido e sociável, acho que minhas citações renderiam bem mais. Mas não é o caso e saber disso e daquilo é apenas confirmar uma merda velha e conhecida.
Acontece que eu leio umas coisas aí e que também faço mestrado - onde citações ainda provam que a erudição idiota é necessária para ser um um romancista pop ou um Doutor com voz anasalada e alma inexistente.
Nenhuma paixão porque a distância é necessária para a visão crítica. Artaud é só um visionário lunático e viciado - ainda que seja capaz de causar comoção entre phds metódicos e comedores de cus adolescentes.
Cá comigo ainda dispenso os cus e a erudição.
(Por pura falta de habilidade, esteja claro.)
Que se apenas citações
me rendesse os tais cus
já tava feito e regalado,
com direito à
dinheiro no bolso
e pau esfolado.
11 de janeiro de 2010
Mas escolho o blogue e deixo estar.
10 de janeiro de 2010
blábláblá.
Minha alma de curitibano desconfiado mostra as manguinhas, sabe como é? Não sabe, mas te explico:
E nessas eu sou eu aqui. E eu aqui, meu deus, sei lá quem é. Bebo pouco e vejo novela. Um-horror-uma-maravilha. 10 horas de televisão é uma coisa de outro mundo. Como a primeira vez que se trepa ou que se usa drogas. Fica-se achando que algo mudou dentro de você. É horrível, não é? É fatal, eu digo. Achar que algo mudou dentro de você é uma coisa com a qual tem que se preocupar.na minha cidade os pontos de ônibus são tubos. não são placas ou painéis. são tubos. redondos, enormes e pretos-transparentes. a gente espera os ônibus dentro dos tubos. a gente gosta dos tubos. a gente se identifica com os tubos.
Mas é que venho pra cá e fico com a minha mãe. E mãe é uma gente que não se pode fugir. E nem é o caso. Até porque moro longe dela e sei que, se tudo der certo, ela morrerá antes de mim.
Então ficamos no sofá competindo pra ver quem fuma mais. É um páreo duro e cheio de afeto. As vezes ela limpa os cinzeiros - no plural mesmo - e as vezes eu.
Ela, como mãe, pelo menos nos fins de semana, me alimenta.
Eu, como filho, pelo menos nos fins de semana, bebo vinho argentino.
E assim passam os dias e as horas e voltimeia me pego pensando em você.
E se: 1, você é você. 2, você sabe que você é você. 3, você existe ou é uma invenção minha.
Seja como for, agradeço à azia que me deixou beber quase 3 garrafas de vinho sem se manifestar.
E também ao vinho argentino (que mesmo sem me agradar porque prefiro cerveja ou whiskey) contribuiu pra mais um post no meu bomblogueamigoblogue.
9 de janeiro de 2010
8 de janeiro de 2010
6 de janeiro de 2010
4 de janeiro de 2010
Veja só, ontem você ficou brava comigo porque falei obscenidades durante nosso sexo de bons sonhos. Você me disse que não era assim, que hoje não tava com esse clima e que eu devia ter notado. Me acusou de insensível e machista e dormiu brava e sem deixar eu te encoxar.
2.
1.
Desencana.
E foi se arrumar escondida no banheiro e demorou horas e horas e horas.