Ela apareceu mamando uma lata. Achei estiloso. Me perguntei se ela tinha comprado no caminho ou se trazia de casa. Ela virava a cabeça para mamar - um traço quase masculino.
Como eu esperava uma giganta fiquei surpreso. Ela era alta, mas só isso: alta. Na minha cabeça ela seria muito, muito alta e também seria forte e poderia me socar quando quisesse. Mas, por sorte, eu estava errado.
Então estávamos alí: dois desconhecidos bebendo e tentando descobrir coisas. Minha cisma foi a mão que não saía da coxa. E também reparei no laço que ela trazia na barriga. Uma mulher com laço é um treco que me faz pensar.
Seja como for, o álcool azeitava o papo e ela era boa de copo e fumante. Muitas perguntas e histórinhas, algumas repetições inevitáveis e uma puta vontade de puxar aquela boca pra mim.
E eu queria puxar pelo queixo porque ela tinha esse queixo empinadinho que me deu uma estranha vontade de morder.
Acho que mordi.
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