3 de dezembro de 2009

Dezembrão me pegando como um gato de unhas afiadas. Meu Deus, onde vamos parar?
Olho pro céu e pergunto sobre as putas natalinas, mas ninguém me responde.
O céu está aberto, sem nuvens e num silêncio brutal.
O calor provoca tédio e apatia.
A cerveja gela a garganta e os cigarros são regulados nos bares.
Um dia, e espero estar morto, só haverão evangélicos e artistas nas ruas. Será o inferno, o Apocalipse. A guerra mais imbecil pela razão menos lógica: quem berra mais alto.
Pra dezembrão emplacar preciso de UMA buceta. Não duas, não três, UMA buceta. Com nome, telefone e pequenos lábios quase simétricos - coisa mais rara do que se imagina.
Se essa UMA me acha e me diz, como se fosse acaso, que nesse calor é só dando que se recebe, eu tenho um troço e, juro, sempre lembrar do nascimento de Jesus na noite de natal.

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